Jogo do ano : Scribblenauts

Imagine um objeto. Agora, escreva o nome dele na tela do Nintendo DS. Como mágica, ele tomará forma e poderá ser utilizado do modo que o jogador quiser no game “Scribblenauts”. O objetivo é resolver quebra-cabeças com qualquer “coisa” que vier à mente para que o personagem Maxwell colete estrelas a cada fase. O game é totalmente em português.

Para que o jogador entenda o funcionamento que um título tão singular, a 5th Cell, a produtora do game, fez com que a tela inicial de “Scribblenauts” fosse um verdadeiro laboratório para testar o limite da criatividade. Ali, é possível escrever (por meio de um teclado virtual ou de um sistema de reconhecimento de escrita) o nome dos objetos. Escreva “escada” e o objeto em questão aparecerá, permitindo que o personagem interaja com ele. Escreva “urso” e o animal surgirá na tela.

As “coisas” que você invocar para dentro do game têm o mesmo comportamento dos objetos na vida real. Por exemplo: escreva “carro” e o veículo aparecerá dentro do jogo. Maxwell poderá usá-lo para atravessar uma fase rapidamente. Invoque um gato e um cachorro e eles ficarão brigando até cansar. Um inseticida matará moscas e abelhas. Com tantas possibilidades, é fácil perder o foco no objetivo principal de “Scribblenauts”.

Nas mais de cem fases do game, o jogador deve fazer com que Maxwell colete “Starites”, pequenas estrelas que estão em determinados locais do cenário ou que são dadas como prêmio por cumprir objetivos. No início de toda a fase, há uma explicação do que deve ser feito para pegar o item, cabendo ao jogador utilizar as inúmeras possibilidades para resolver o problema.

Um exemplo é na fase que há uma estrela no topo de uma árvore. É possível escrever a palavra "escada" para que o objeto apareça, colocá-lo ao lado dela para que Maxwell suba e colete a “Starite”. Um gamer mais audacioso pode invocar um helicóptero e usá-lo para levar o personagem até o topo da árvore. Caso desejar pode, ainda, usar uma motosserra para cortar a árvore e fazer a estrela cair. O banco de dados de “Scribblenauts” é gigantesco.

O game ainda dá pontos extras para quem não repetir objetos entre as missões, para quem descobrir palavras novas e para quem não usar armas, prezando por soluções “pacíficas – o título permite matar animais, por exemplo. Utilizar menos objetos e cumprir objetivos rapidamente garantem ainda mais pontos, que podem ser trocados por músicas e avatares na lojinha do game.


Escrever na tela do Nintendo DS é muito simples. Controlar o personagem pelos cenários não é. Para movimentar Maxwell, o jogador deve tocar no local desejado na tela. Geralmente, isso faz com que ele interaja com o objeto, pegando-o ou lançando-o contra uma pessoa, por exemplo. O direcional do portátil da Nintendo é utilizado exclusivamente para movimentar a câmera e visualizar o cenário.

O comando também não é preciso, fazendo com que o jogador tenha que repetir a fase por cair em um poço de lava, por exemplo. Isso frustra, pois exige repetir a fase por um erro que não foi provocado pelo jogador.

Outro problema é quando existe mais de um objeto com o mesmo nome e o jogador não pode ver como é o objeto antes de “importá-lo” para a fase. Assim, em caso de erro em uma missão que permite invocar apenas um item, o jogador terá que, novamente, recomeçar a fase.

É difícil encontrar jogos como “Scribblenauts” que dão tanta liberdade ao jogador. A criatividade é testada para resolver os quebra-cabeças e o vasto vocabulário em português do título, além de exercitar a mente do jogador, permite repetir o game diversas vezes de forma sempre diferente.

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